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COVID-19

LCDR e COVID-19

O LCDR redirecionou parte da sua equipe para atuar em diferentes projetos relacionados com a pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2. O laboratório está atuando em 3 diferentes frentes: equipamentos, diagnóstico e tratamento.

Equipamentos

Ambuzador mecânico

A recente pandemia impôs inúmeros desafios para o sistema público e privado de saúde a nível mundial. Apesar da maioria dos indivíduos (>85%) apresentar uma boa evolução, a pneumonia associada a COVID-19, apresenta uma rápida progressão e severidade. No estágio grave do processo patológico, a necessidade de respiradores pulmonares artificiais (ventiladores mecânicos) é um requerimento mandatório. Considerando o elevado custo, somado as dificuldades de importação desses equipamentos durante a pandemia, ficou estabelecida a urgência para o desenvolvimento de novos equipamentos alternativos, de baixo custo, com tecnologia e produção nacionais, para suprir a demanda do suporte de ventilação mecânica nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). Neste cenário de crise, as universidades públicas brasileiras, cientes do seu dever cidadão, buscam soluções para o problema e protagonismo. A prototipagem e fabricação em larga escala de ventiladores mecânicos representa uma solução rápida e eficaz para minimizar a atual crise na Saúde Pública, contribuindo decisivamente para salvar vidas de brasileiros, com a distribuição de equipamentos de baixo custo e especificações técnicas que atendam com eficiência às necessidades clínicas. Atualmente, estamos na segunda geração de um protótipo de “ambuzador mecânico” de baixo custo, tecnologia nacional, seguro e adaptado a operar em hospitais de campanha. O equipamento é de uso simples e intuitivo, e se mostra, no presente, promissor para testes clínicos.

Validação de esterilização por luz UV-C

O LCDR colabora no projeto “Desenvolvimento de produtos para fins de desinfecção por luz UVC”, sendo responsável pela validação dos procedimentos de esterilização dos novos produtos.

Diagnóstico

Diferentes abordagens de diagnóstico sorológico/imunológico foram propostas para COVID-19. A maioria dessas abordagens investiga de forma qualitativa os níveis de IgM e IgG através dos métodos de ELISA ou imunocromatograficos (testes rápidos). Artigos científicos publicados recentemente demonstraram que os níveis de IgA em pacientes com COVID-19 são superiores aos níveis detectados de IgM. Ainda, a IgA parece ser a única classe de imunoglobulina capaz de estratificar a gravidade da doença. Atualmente poucos laboratórios produziram kits capazes de detectar os níveis de IgA, por isso, o laboratório busca a padronização de uma metodologia para detecção simultânea das 3 imunoglobulinas pela técnica de citometria de fluxo.

Tratamento

A resistência ao tratamento farmacológico é um dos grandes desafios na clínica atual. Um dos principais mecanismos responsáveis pela resistência é a presença (expressão) de transportadores ABC na membrana plasmática celular. O genoma humano codifica 48 proteínas ABC, presentes em diversos tipos celulares. Essas proteínas de membrana são capazes de promover o efluxo de uma grande quantidade de drogas (quimioterápicos, anti-inflamatórios, antivirais, antibióticos, peptídeos, hormônios etc.) às custas da ligação e hidrólise de ATP. Algumas das abordagens farmacológicas utilizadas no tratamento de COVID-19 são controversas e grande parte ainda em testes clínicos. Durante o curso da pandemia, diferentes abordagens farmacológicas foram sugeridos, com destaque para o uso de: remdesivir, hidroxicloroquina, cloroquina, lopinavir/ritonavir, análogos de nucleotídeo, inibidores de neuraminidase, peptídeo EK1, arbidol, inibidores de síntese de RNA (tenofovir disoproxil fumarate, lamivudine), anti-inflamatórios (glicocorticóides), inibidores de IL-6 e inibidores de JAK. De acordo com a literatura e o drugbank, vários desses medicamentos são substratos dos transportadores ABC, principalmente P-gp e ABCG2. Na prática, isso significa que a efetividade dos medicamentos utilizados nos protocolos de tratamento de COVID-19 pode estar comprometida devido ao efluxo das drogas mediado por transportadores ABC. Ainda, várias citocinas pró-inflamatórias são transportadas por transportadores ABC, principalmente a P-gp. Assim, considerando que citocinas e as principais drogas propostas para serem utilizadas no tratamento de pacientes com COVID-19 são substratos dos transportadores ABC, justifica-se a identificação e associação de inibidores destes transportadores para tratamento concomitante, aumentando as chances de sucesso terapêutico.

Universidade Federal do Paraná
Laboratory of Cancer Drug Resistance – UFPR

Rua Prefeito Lothário Meissner, 632, Jardim Botânico
CEP 80210-170 | Curitiba |
41 33604078
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